sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

"OS TALENTOS QUE DEUS NOS DEU" - Reunião Pública/Passes, 18 horas, sábado, 15 Dez 2007.

Sábado, a partir das 18 horas, nosso companheiro de Santos (Centro Espírita Ismênia de Jesus) , Paulo Roberto, estará em nossa Casa para discorrer sobre o tema "OS TALENTOS QUE DEUS NOS DEU".
...E CONTA ASSIM O IRMÃO X!
Comentávamos a necessidade da divulgação da Doutrina Espírita, quando o Rabi Zoar Ben Ozias, distinto orientador israelita, hoje consagrado às verdades do Evangelho no Mundo Espiritual, pediu licença a fim de parafrasear a parábola dos talentos contada por Jesus, e falou simples:
-"Meus amigos, o Senhor da Terra, partindo em caráter temporário, para fora do mundo, chamou três dos seus servos e, considerando a capacidade de cada um, confiou-lhes alguns dos seus próprios bens, a título de empréstimo, participando-lhes, que os reencontraria, mais tarde, na Vida Superior...
Ao primeiro transmitiu o Dinheiro, o Poder, o Conforto, a Habilidade e o Prestígio; ao segundo concedeu a Inteligência e a Autoridade, e ao terceiro entregou o Conhecimento Espírita.
Depois de longo tempo, os três servidores assustados e vacilantes compareceram diante do Senhor para as contas necessárias.
O primeiro avançou e disse:
-"Senhor, cometi muitos disparates e não consegui realizar-te a vontade, que determina o bem para todos os teus súditos, mas, com os cinco talentos que me puseste nas mãos, comecei a cultivar, pelo menos com pequeninos resultados, outros cinco, que são o Trabalho, o Progresso, a Amizade, a Esperança e a Gratidão, em alguns dos companheiros que ficaram no mundo... Perdoa-me, ó Divino Amigo, se não pude fazer mais!...
O Senhor respondeu tranqüilo:
- Bem está servo fiel, pois não erraste por intenção... Volta ao campo terrestre e reinicia a obra interrompida, renascendo sobre o amparo das afeições que ajuntaste.
Veio o segundo e alegou:
- Senhor, digna-te desculpar-me a incapacidade... Não te pude compreender claramente os desígnios que preceituam a felicidade igual para todas as criaturas e perpetrei lastimáveis enganos. Ainda assim, mobilizei os dois valores que me deste e, com eles, angariei outros dois que são a Cultura e a Experiência para muitos dos irmãos que permanecem na retaguarda...
O Excelso Benfeitor replicou satisfeito:
- Bem está, servo fiel, pois não erraste por intenção... Volta ao campo terrestre e reinicia a obra interrompida, renascendo sobre o amparo das afeições que ajuntaste.
O terceiro adiantou-se e explicou:
- Senhor, devolvo-te o Conhecimento Espírita, intocado e puro, qual o recebi de tua munificência... O Conhecimento Espírita é Luz, Senhor, e com ele aprendi que a tua Lei é dura demais, atribuindo a cada um conforme as próprias obras. De que modo usar uma lâmpada assim, brilhante e viva, se os homens na Terra estão divididos por pesadelos de inveja e ciúme, crueldade e ilusão? Como entregar o clarão de tua verdade sem ferir ou incomodar? Como incomodar ou ferir sem trazer deploráveis conseqüências para mim próprio? Sabes que a Verdade, entre os homens, cria problemas onde aparece... Em vista disso, tive medo da tua Lei e julguei como sendo a medida mais razoável para mim o acomodar-me no sossego de minha casa.... Assim pensando, ocultei o dom que me recomendaste aplicar, e restituo-te semelhante riqueza sem o mínimo toque de minha parte.
O sublime Credor, porém, entre austero e triste, ordenou que o tesouro do Conhecimento Espírita lhe fosse arrancado e entregue, de imediato, aos dois colaboradores diligentes que se encaminhariam para a Terra, de novo, declarando, incisivo:
- Servo infiel, não existe para tua negligência outra alternativa senão a de recomeçares toda a tua obra, pelos mais obscuros entraves do princípio...
- Senhor!... Senhor!... - chorou o servo displicente - Onde a tua eqüidade? Deste aos meus companheiros o Dinheiro, o Poder, o Conforto, a Habilidade, o Prestígio, a Inteligência e a Autoridade e a mim concedeste tão só o Conhecimento Espírita... Como fazes cair sobre mim todo o peso de sua severidade?
O Senhor, entretanto, explicou brandamente:
- Não desconheces que te atribuí a luz da Verdade como sendo o bem maior de todos. Se ambos os teus companheiros não acertaram tudo, é que lhes faltava o discernimento que lhes podias ter ministrado através do exemplo, de que fugiste por medo da responsabilidade de corrigir amando e trabalhar instruindo... Escondendo a riqueza que te emprestei não só te perdeste pelo temor de sofrer e auxiliar, como também prejudicastes a obra deficitária de teus irmãos, cujos dias, no mundo, teriam alcançado maior rendimento no Bem Eterno se houvessem recebido o quinhão de amor e serviço, humildade e paciência que lhes negastes!...
- Senhor!... Senhor!... porquê?- soluçou o infeliz - porque tamanho rigor, se a tua Lei é de Misericórdia e Justiça.
Então, os assessores do Senhor conduziram o servo desleal para as sombras do recomeço, esclarecendo a ele que a Lei, realmente, é disciplina de Misericórdia e Justiça, mas com uma diferença: para os ignorantes do dever, a Justiça chega pelo alvará da Misericórdia, mas para as criaturas conscientes das próprias obrigações a Misericórdia chega pelo cárcere da Justiça.

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