PAIXÃO, AMOR E CARIDADE - Nosso confrade PAULO ROBERTO, de Santos (CEIJ) estará conosco para explica que existe uma distinção filosófica entre dois conceitos
que pode ser útil na análise da questão do amor e da caridade. Trata-se
da distinção entre paixão e ação. Qualquer estudo do tema deve, ainda
hoje, fazer menção ao livro As Paixões da Alma, de René
Descartes, publicado em 1649. Para os espíritas, outra referência
indispensável é a seção "Paixões" do último capítulo da terceira parte
de O Livro dos Espíritos, intitulado "Da perfeição moral". Em trabalho anterior, publicado no Reformador
de abril de 1998, pode-se fazer um exame do interessante assunto. Não
podendo, evidentemente, reproduzir aqui os detalhes desse texto,
recomendamos a todos que o procure ler, para uma compreensão mais
completa do que se vai seguir.
De
forma muito simplificada, lembraríamos apenas que o conceito filosófico
de paixão não deve ser confundido com a noção hoje popular, associada a
certos sentimentos desgovernados, em geral envolvendo nosso
relacionamento afetivo com alguém ou com alguma coisa. Tanto Descartes
como Kardec deixam claro que paixão é qualquer tipo de experiência que
se faz sentir de nossa alma de forma passiva. (As palavras
‘paixão' e ‘passividade' têm a mesma origem.) Paixões, pois, se
contrapõem a ações. Ações pressupõem a intervenção da vontade; paixões
são algo que ocorre em nós involuntariamente, quando estamos diante de
certos estímulos, externos ou internos à própria alma. Assim, por
exemplo, as paixões que Descartes considera "básicas" são o amor e o
ódio, a alegria e a tristeza, a admiração e o desejo; as outras
resultariam de sua combinação ou modificação.
Se voce gostou desse tema, venha conhecer mais ouvindo o discurso de nosso companheiro PAULO ROBERTO! Um abraço e até lá!
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