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Kardec, na pergunta 917 do Livro dos Espíritos, já dizia que “quando se conhecer a arte de manejar os caracteres como se conhece a de manejar as inteligências, poder-se-á endireitá-los.”
Hoje, quando se ensina a criança a escrever, por exemplo, procura-se sempre partir daquilo que ela já traz ou conhece sobre a escrita, mesmo que as hipóteses que ela tenha não se confirmem na prática. A partir do que ela já sabe, ela vai comparando com o novo, transformando aquilo que não dá certo, construindo sua própria escrita.
Também os sentimentos já existem, de alguma forma, nas crianças. Muitas delas apresentam emoções que supomos inferiores. Buscamos aqui a contribuição de Vigotski, teórico soviético que muito contribuiu para a reflexão sobre a educação: “As emoções não podem ser inaceitáveis nem indesejáveis ao pedagogo. Ao contrário, ele deve sempre partir das chamadas sensações inferiores e egoístas como sensações primárias, basilares e fortes e já com base nelas lançar o fundamento da estrutura do indivíduo. (…) a educação dos sentimentos sempre é essencialmente uma reeducação desses sentimentos.”(Vigotski, L.S. Psicologia Pedagógica, SP: Martins Fontes, 2001, pág. 141).
São grandes passos para tal transformação, e como ninguém é uma folha em branco, todos têm por onde começar a querer mudar, transformar e aprender a lidar melhor com os próprios sentimentos. Transformar pode ser menos traumático do que arrancar um sentimento, sem ter nada para colocar no lugar…
Venham participar e conhecer mais sobre esse assunto!
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